sábado, março 25, 2006

Experiências de Buzão

Na última sexta-feira marquei com a "Menina que ouve minha bobices" de ir ao teatro assistir "A Casa Dos Budas Ditosos", um monólogo com Fernanda Torres , do livro de João Ubaldo Ribeiro( um mestre). Ela sugeriu de encontra-la na casa dela e de lá partiríamos.
Está bem!- Concordei.
Peguei minhas coisas e fui ao ponto de ônibus. Esperei 40 minutos em pé até ver o meu meio de transporte "preferido" desembocar a 70 por hora na esquina.
Balancei a mão direita para pará-lo, balancei não, agitei euforicamente como se acabasse de ver o gol do Brasil na Argentina. Gol!!!(minha malícia para o buzu parar juntinho de mim).
Fui o primeiro a entrar e logo encontrei lugar para me acomodar.
Pronto!- Pensei sorridente.
Mas estava muito bom pra ser verdade. 18 hrs da noite e ele nem estava cheio, estava muito bom para ser verdade.
Até que então a realidade veio à tona, como um estalo.O ônibus foi enchendo absurdamente que me senti esmagado, claustrofóbico, doente, e ainda estava sentado, ou melhor, encurralado.

Começou com o "pagodão do fundão":
Ai delícia!Aí delícia!- Gritavam em coro dessincronizado.

Logo depois chegou uma gordinha que se postou em pé do meu lado, no corredor do ônibus. Ela começou a conversar descompensadamente com a amiga do lado(que por sinal já estava de saco cheio), e a cada saculejada ela encostava sua "gordura localizada na região do abdômen",mais conhecida como "Pochete"(antes fosse uma!!) molhada de suor,no meu ombro esquerdo.Puta merda!! Já não bastava aquilo enroscar em mim ainda tinha que tá suada!!!
Mas o pior estava por vim. Foi quando o"buzu" encheu mais um pouquinho e ela teve que se segurar no ferro superior.Putz....era uma "catinga", um fedor, puta merda!! Só de pensar já fico tonto.Pense em uma coisa muito fedorenta, multiplique por 15, eleve a terceira. Multiplicou? Era pior!
E fiquei por 30 minutos sentindo aquela mistura de enxofre, metano e arsênico, que exalava de suas axilas.Tortura, muita tortura!!

Mas por algum milagre não entrei em coma, apesar de ter desmaiado disversas vezes.

Puxei a cordinha e desci no meu ponto, respirei fundo, percebi que tinha voltado a viver.

Lição de moral: " Nunca entre em um ônibus sem está com seu "Bom-ar" de bolso em mãos"

Ps: A peça foi excelente!!! Recomendo!

5 comentários:

Priscila de Freitas disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Syrena disse...

hahahahahaha....
isso é o que eu chamo de uma visão do inferno!
Bjs

Fio da Véia disse...

Não existe Leandro aqui!

Anônimo disse...

Fio da Véia, você deveria escrever crônicas...naverdade foi uma pequena narrativa sobre o explendor da otarice passada por você no onibus! Que tario...

Ronzi Zacchi disse...

Eu sou traumatizado com transporte publico.