sábado, maio 12, 2007

Pela Janela

Em uma Janela que aparece na minha vida, de manhã cedo, inúmeras coisas e pessoas vejo passar.
Algumas coisas bem singelas, outras pessoas bem magrelas, de varias formas e tamanhos.
As pessoas de poucas coisas vão a caminhos das grandes coisas que guardam todas as pessoas, buscam sonho, dinheiro, comida ou um trocado para o gole de alcóol. Tudo é sincronizado.
Tristeza nos pontos de ônibus, as pessoas ainda sonham. Mas aos poucos abrem os olhos para seu destino real.
Um pequeno gesto excita o riso, do cristão que anuncia o "apocalipse" até a criança que chora no colo da vó ao ver o "capeta", aos poucos o sol esquenta a minha nuca. Me sinto bem.

"-É, parece que o dia começou bem." penso eu, cá com meus botões. Ainda estou levemente embebecido do resto de sono, que a mal-durmida noite me deixou.

Mas, numa freiada tudo se desanima. No chão, um corpo de mulher, mas com rosto de menina; no corpo, um vestido humilde; na mão, balas de gengibre. Aos poucos tudo se avermelha: as balas, o vestido, o rosto.
Ela ainda vive, e continuará vivendo. Me sinto culpado de matar um personagem imaginário.
O pior que isso acontece todo dia!

Um comentário:

Gigio disse...

A pequena jornada do transporte público gera, coisas, coisinhas e coisonas.

Sugiro uma moto. Ehehe. =D